O artista morreu nesta terça-feira (23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês.
Ele lutava havia
seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu
às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
Ao longo do tratamento, ele desenvolveu insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Dominguinhos foi transferido para a capital paulista em 13 de janeiro. Antes, esteve internado por um mês em um hospital no Recife.
Ao longo do tratamento, ele desenvolveu insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Dominguinhos foi transferido para a capital paulista em 13 de janeiro. Antes, esteve internado por um mês em um hospital no Recife.
O corpo do músico Dominguinhos está sendo velado desde as
6h desta quarta-feira (24) na Assembleia Legislativa de São Paulo,
na região do Ibirapuera, na Zona Sul da capital. Segundo a ex-mulher de
Dominguinhos, Guadalupe Mendonça, o velório em São Paulo ocorrerá até as 16h.
Depois, o corpo seguirá para Recife de avião. O voo está previsto para as 23h10, saindo do Aeroporto de Guarulhos,
na região metropolitana. Na quinta (25), o corpo será velado da Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco e deverá ser enterrado na sexta-feira (26).
Considerado o sanfoneiro mais importante do país e
herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989), José Domingos de Morais nasceu
em Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com 8 anos. Aos
13 anos, morando no Rio, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três
anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.
Instrumentista, cantor e compositor, Dominguinhos ganhou
em 2002 o Grammy Latino com o “CD Chegando de Mansinho”. Ao longo da carreira,
fez parcerias de sucesso com músicos como Gilberto Gil, Chico Buarque,
Anastácia e Djavan.
Ainda criança, Dominguinhos tocava triângulo com seus
irmãos no trio “Os três pinguins”. Quando ele tinha 8 anos, foi “descoberto”
por Gonzagão ao participar de um show em Garanhuns. A “benção” lhe foi dada
pelo rei do baião quanto tinha 16 anos.
De acordo com ele, o episódio aconteceu somente três anos
depois de sua chegada ao Rio, acompanhado do pai, o também sanfoneiro Chicão.
Mudaram-se para a cidade justamente para encontrar Luiz Gonzaga. “Em cinco
minutos, ele me deu uma sanfona novinha, sem eu pedir nada”, prosseguiu.
Naquele período, Dominguinhos saiu em turnê com o mestre para cumprir a função
de segundo sanfoneiro e, eventualmente, de motorista.
No fim de 2012, Dominguinhos se dedicou ativamente às
celebrações dos cem anos do nascimento de Luiz Gonzaga. Durante um show no dia
centenário, 13 de dezembro, realizado na terra natal do músico, Exu (PE),
Gilberto Gil comentou: “Dominguinhos teve a herança do Gonzaga, que ele
incorporou, através das canções, dos estilos, o gosto pelo xote, xaxado”.
Para Gil, no entanto, Dominguinhos soube trilhar um
caminho próprio. “Dominguinhos foi além, em uma direção que Gonzaga não pôde,
não teve tempo. Ele foi na direção do início de Gonzaga, o instrumentista, da
época das boates do Mangue, no Rio de Janeiro, quando ele tocava tango, choro,
polca, foxtrot, tocava tudo, repertório internacional, tudo na sanfona.”
O governo de Pernambuco decretou luto de três dias no estado, em virtude do falecimento do músico Dominguinhos.
FONTE: G1
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