Numa cidade sem maiores tradições carnavalescas, Antônio Borges de Souza (in memoriam) , nascido em Jaguaquara em 13 de junho de 1933, carinhosamente conhecido por "Calça verde", casado com Laura Monteiro, onde constituiu sua família composta de 13 filhos e uns 30 netos. Pessoa simples e alegre nutria uma paixão, que ele lutava há anos para manter, o que era chamado simplesmente de batucada: a
Escola de Samba Malandros do Morro, que descia todos os anos as ladeiras para o
centro da cidade, animando quem gostava de uma boa farra. Fundada pelo finado mestre Germino em 1944 onde era contramestre.Logo a Malandros do Morro, segundo contava Calça Verde, motivaria o surgimento de outras batucadas como a Estrela do Mar, fundada por Milton no bairro da lagoa e a Cadetes da Lua, fundada por Abílio, na Casca.
E a brincadeira era levada a sério com ensaios,
escolha da porta-bandeira e nada de bebedeira. “Tinha que ter ordem e respeito,
brincar e só tomar cerveja, nada de cachaça. Tinha que fazer bonito pra depois que
a festa acabasse não saísse resenha”.Apesar de ter instrumentos para 30 componentes, a
Malandros do Morro saía normalmente com 20 integrantes, entre eles seis filhos
de Calça Verde. “O pessoal procurava muito para sair na escola, mas não dava
por causa da despesa. Agora, se a prefeitura ajudasse, eu botava os 30”, dizia.
Calça Verde, que atribuiu o carinho do
povo para com a escola à forma como tratava as pessoas. “Gosto de tratar bem a
todo mundo e acho que elogio só faz a gente querer ser melhor”.
Calça Verde escreveu sua história na cidade de Jaguaquara, e sem dúvida será eternizado nas lembranças e corações de todos os nossos munícipes. Fica nosso agradecimento e a homenagem da SEC (Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer) de Jaguaquara, pela grande contribuição cultural dessa figura histórica.
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